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Estudos sobre a abertura ao Verbo, o Logos e o Antigo Testamento

Mas afinal, é preciso o Antigo Testamento, para virmos a praticar os ensinamentos de Jesus?
A resposta é não, se nos referirmos a todas as pessoas, e sim, se nos referirmos a, pelo menos, suficientes. E isso por muitas razões. O que não é o tema deste post, além de que são tantas, que eu não conseguiria nome-á-las. No entanto, essas muitas são a necessidade de eu dedicar tanto do meu tempo e forças a este tema, e a atravessar a depressão que a linguagem do Antigo Testamento provoca.

Sobre a nossa relação com o Verbo, o Logos, a abertura das ideias contidas num pensamento ou numa palavra das Escrituras Sagradas

(nota: as doutrinas celestiais reveladas nos escritos de Swedenborg, são parte essencial dessas Escrituras, revelando o seu interior, sem o que as mesmas, em particular o Velho Testamento, é palavras morta – como a pele do corpo separada do mesmo ou o cadáver de um ser humano, sem a vida; o que existe tão pouco, como um ser humano que viva apenas pelo seu corpo material, isto é, sem vida. AC=Arcana Coelestia)

AC1869 ~ É possível  uma abertura às ideais contidas num pensamento, ou até numa única palavra, e isso deu-se com Swedenborg, e dá-se na outra vida ou por vezes nesta, em pessoas que viveram em caridade (compaixão) ou amor recíproco. Na vida do além as próprias ideias podem aparecer sob formas visíveis, pictoricamente. Desvelam-se coisas belas e mais outras delícias e encantos em cada palavra, letra ou ideia do Logos. E, destas coisas interiores que se tornaram visíveis, é possível de novo desvelar-se o seu interior, que contém coisas ainda mais belas, que dão felicidade, e assim sucessivamente. Assim são as ideias angélicas. ~ AC1869
AC1869.2 ~ Que as ideias contidas no pensamento do Verbo se possam abrir e desvelar da forma acima descrita, é comparável à observação de formas da natureza física, as quais, quando observadas a olho nú, aparentam ser apenas uma mancha escura ou uma forma única e opaca, mas que revelam ser compostas por uma miríade de formas, cores e mundos, quando observadas ao microscópio; e comparável a que o mesmo processo se repete quando a observação se dá sob um microscópio mais potente. O mesmo portanto, se dá com as ideias, as quais, previamente à sucessiva abertura espiritual são o mais grosseiras possível, embora não tidas como tal. ~ AC1869.2
* – *

É possível descobrir estas delícias através de uma disciplina espiritual, individual, de acordo com a (com)paixão acima referidas, e este é um processo mais ou menos raro no mundo, como este é hoje em dia, sendo na maioria das vezes, até mesmo parado e impedido, interrompido ou combatido pelas forças do anti-cristo, ou simplesmente pela ordem social estabelecida: seja por aqueles que não atravessaram processos interiores e aprendem e procuram ensinar a espiritualidade, tendo apenas conhecimento da memória, exterior; seja por “médicos” ou seus relacionados, que hoje em dia invadem escandalosamente processos interiores espirituais superiores ao seu entendimento, incapazes de discerni-los de “doenças”, tendo as suas invasões substituído outros tipos de pressão e perseguição social que nos são amplamente conhecidas de um passado histórico que hoje em dia nos escandaliza, como a inquisição, ou a total opressão espiritual da mulher; seja pelo mecanismo financeiro, ou, e, por outras pressões, influências e pessoas do complexo social, afectivo, familiar, profissional ou político.
Ora isto é contra-produtivo para todos, vindo o conjunto dos opressores, com os corpos sociais que eles guiam, a tornarem-se mais tarde as vítimas inconscientes da sua opressão e incompreensão, pelas quais impedem a transformação social e financeira positiva que apenas pode florescer a partir dos tais processos interiores espirituais divinos. Muito mais pessoas têm capacidade para atravessá-los do que aquelas que o fazem. E isto dar-se e formarmos situações em que tal se pode dar, é necessário à vinda do Reino de Deus, e realização da segunda vinda de Cristo. Assim como a uma melhoria das condições sociais. Sem isso, não há qualquer melhoria, apenas pioria.
Mas é inútil atacar estas pessoas. Mais útil é expor, dando a conhecer e a sentir, das mais diferentes formas, as razões para mudarem de atitude, e compreenderem, e permitirem.
AC 1878 – Os nomes de seres humanos, reinos e cidades da Bíblia, tal como as palavras do discurso humano, desaparecem ao ascender, pois são terrenos, corpóreos e materiais. As almas que entram no outro mundo deixam-nas progressivamente, e aqueles que entram no paraíso, completamente: os anjos não retém nem uma ideia de uma pessoa ou do seu nome. Assim, o que é Abraão, Isaac ou Jacob, eles já não sabem, mas formam uma ideia própria do que por elas é significado ou representado. Nomes e palavras são para eles como poeira ou escamas que caem quando entram no paraíso.
O discurso dos anjos uns com os outros, é de ideias e não de palavras, tal como as do pensamento humano sem discurso, que é o universal de todas as línguas. Somente quando falam com seres humanos, o seu discurso descende à forma da linguagem humana. Mas as palavras proferidas pelos homens são grosseiramente materiais, emitidas e recebidas pelo organismo físico, transmitidas pelo ar. Assim, nenhuma palavra da Bíblia passa para os espíritos ou espíritos angélicos; e ainda menos para os anjos, para os quais permanecem apenas as verdades espirituais e a bondade celestial, que são variadas, inefáveis no seu mais mínimo detalhe e ligadas de forma contínua a representações agradáveis e belas, das felicidades do amor mútuo que são as suas fontes; que são felizes de prazeres e belezas porque são inspiradas pela vida com Deus. – AC1876

Apêndice ao assunto acima, devido a ser uma pergunta premente — sendo o que se segue no entanto, uma pequena parte de algo a desenvolver muito mais:

AC 1874 – Muitas coisas na Bíblia, mais ainda do que se pode imaginar, são ditas de acordo com as falácias das aparências e das ilusões, tais como a “fúria, vingança e ira de Deus contra os maus”, “Deus têr prazer em levá-los à ruína ou destruição, ou em matá-los.” Mas estas coisas foram ditas apenas para que as persuasões e cupidez dos mesmos, pudessem ser não quebradas mas dobradas, pois que se tivessem sido ditas de outra forma, teria sido como atirar sementes à água, porque eles só compreendem através de falácias, aparências e persuasões, e as instruções teriam sido por eles imediatamente rejeitadas.
Mas estas formas de discurso foram capazes de servir como contentores de coisas espirituais e celestiais, por nelas se insinuar que todo o mal vem dos espíritos diabólicos, e que Deus faz com que todos os males feitos devido à liberdade humana sujeita à influência desses espíritos, se tornem grandes bens; e por fim, vir-se a compreender que nada senão o bem, é de Deus. Paralelamente a apreensão do significado das escrituras sagradas no sentido literal desaparece enquanto ascende, e se torna espiritual primeiro, depois celestial, e por fim, Divino.
Repare-se que Swedenborg está aqui a explicar não o sentido destas palavras, mas sim, porquê que tal aparência foi permitida, apesar do seu sentido real e seu significado ser outro da aparência.
Responde à nossa pergunta legítima: se estas crueldades da Bíblia não querem dizer o que aparentam dizer e o seu sentido é outro, porque foi permitido terem esta aparência?

( Direitos reservados de autor!
Nota: os parágrafos dados com AC… são traduções muito livres acrescentadas de comentários a esses mesmos parágrafos de Swedenborg: não citações.
Os parágrafos sem nada, são os meus pensamentos.
lol – faz falta aquele estudo universitário etc etc. )

Ps – e o dia já vai curto, e há tanto que fazer: a ver se uso as bolas! :D